Durante o ano de 2011 aconteceu a primeira revolução no tratamento da hepatite C, quando os infectados com o genótipo 1 passaram a dispor dos inibidores de proteases Boceprevir e Telaprevir com os quais mais que duplicaram a possibilidade de cura, chegando a setuplicar em alguns casos específicos de retratamentos.
Mas todos estão ansiosos aguardando o dia em que a hepatite C poderá ser tratada sem a necessidade da incomoda aplicação semanal do interferon e se ver livres de seus efeitos colaterais. Falta muito para tal dia chegar?
Devido a que existem muitas pesquisas correndo simultaneamente, pessoalmente acredito que não falta muito tempo, que é uma questão que dependendo da sorte pode nos surpreender em um período que posso avaliar entre dois e quatro anos, mas quando se trata de pesquisa de novos medicamentos podem acontecer problemas no meio do caminho que atrasam a chegada ao mercado.
Uma das vantagens dos medicamentos orais que se encontram em estudos é que em principio parece ser que os mesmos servirão para tratar todos os genótipos e todos os pacientes, independente da cor da pele ou da raça. Todos deverão responder de forma igual.
Os novos medicamentos livres de interferon estão sendo pesquisados para serem utilizados, ou não, conjuntamente com a ribavirina.
Diversos tipos de drogas se encontram em fases muito boas das pesquisas. Acompanho as pesquisas e desde meu ponto de vista posso apostar em dois inibidores de proteases, o TMC435 e o BI201335, um outro, inibidor do NS5A que é o BMS790052, temos um inibidor da ciclofina, que é o alispovirir e o nucleotídeo PSI-7977 da Gilead, do qual muito se fala atualmente.
Outras drogas em pesquisas, mas com pouca informação disponível são o BMS-650032, danoprevir, RG7128, BI207127, ABT-450, ABT-333, Ritonavir, VX222, etc., etc... Ainda estão em estudo drogas que atuam diretamente no hospedeiro (o paciente) como os inibidores de ciclofilina e a silibina.
O tratamento certamente será efetuado combinando vários medicamentos ao mesmo tempo, poderão ser 2, 3 4 ou mais, cada um cuidando de uma parte especifica do vírus. A duração do tratamento deverá ficar entre 12 e 16 semanas.
O objetivo final será conseguir curar até 100% dos pacientes que recebam tratamento. Pelo menos todos aqueles que sejam diagnosticados. Este é um ponto que muito me faz perder o sono já que a maioria dos infectados continuam, por falta de campanhas públicas, sem saber que estão perdendo a vida por culpa de uma doença que não causa sintomas.
Mas esse é assunto que por ser crítico fica para outro artigo.
Carlos Varaldo
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