Pílulas da Bristol-Myers conseguem negativar vírus da Hepatite C, sem injeções.
Por Drew Armstrong e Robert Langreth
Fonte –New England Journal of Medicine / hepatitis Central
Fonte –New England Journal of Medicine / hepatitis Central
19 janeiro (Bloomberg) - A combinação de dois comprimidos experimentais, do laboratório Bristol-Myers Squibb Co. negativou o vírus da hepatite C em 36 por cento dos pacientes que não respondiam a tratamentos anteriores, com os remédios convencionais, de acordo com estudos recentes publicados no New England Journal of Medicinie.
O estudo é o primeiro a sugerir que casos de hepatite C que não respondiam ao tratamento convencional podem ser curados e sem o uso do interferon ou de drogas injetáveis, disse Anna Lok, principal autora do estudo e diretora de hepatologia da Universidade de Michigan em Ann Arbor.
O Interferon, provoca efeitos colaterais desagradáveis, incluindo sintomas de fadiga e de gripe , entre tantos outros.
Companhias farmacêuticas, incluindo Merck, Bristol-Myers & Co., Gilead Sciences Inc., e Vertex Pharmaceuticals Inc. estão em uma verdadeira corrida a fim de lançarem novos remédios sem o uso do interferon. Os novos resultados em 21 pacientes mostram que essa terapia será possível, Lok disse. A Bristol-Myers, com sede em Nova York, tem planos de realizar novos testes, em fase final, no Japão, disse a empresa ontem em comunicado.
Tratamentos orais com menos efeitos colaterais poderiam aumentar consideravelmente o número de pacientes tratados, de acordo com um editorial no New England Journal of Medicine, onde o estudo foi publicado ontem.
"Estamos no limiar de uma revolução de tratamento que irá melhorar significativamente a eficácia da terapia HCV", escreveu Raymond Chung, um gastroenterologista no Massachusetts General Hospital em Boston. Ele classificou o momento como "um divisor de águas nos anais da terapia HCV."
Resultados do Estudo
O estudo comparou duas pílulas da Bristol-Myers em combinação com interferon . As pílulas foram tomadas por 21 pacientes com hepatite C que não tinham resposta a tratamentos anteriores, com a terapia existente. Constatou-se que 4 dos 11 pacientes tinham vírus indetectável 24 semanas após o tratamento com as drogas Daclatasvir e Asunaprevir.
Adição de drogas injetáveis, no entanto, aumentou a taxa de resposta. Os resultados mostraram que 9 de 10 pacientes que receberam as duas drogas orais mais Interferon e uma quarta droga, a Ribavirina, por 24 semanas não tinham vírus detectável 24 semanas após a interrupção do tratamento.
"A combinação de drogas que escolhemos pode não ser a melhor, e precisamos ajustar e encontrar a melhor combinação", disse Lok em uma entrevista por telefone de Ann Arbor.
Tratamentos combinados com o interferon e a ribavirina conseguem eliminar o vírus a de apenas cerca de metade dos pacientes no genótipo 1, o mais comum de hepatite C nos EUA, de acordo com o Centers for Disease Control and Prevention, em Atlanta.
As novas terapias tem como alvo um tratamento totalmente oral , com menos efeitos colaterais. As taxas de cura serão aumentadas e o tempo de terapia mais curto.
"Remédio terrível"
Interferon é "realmente uma droga terrível. Tem efeitos colaterais terríveis e os pacientes o odeiam", disse Lok. "Se você é um paciente com hepatite C e tem uma doença hepática em estágio inicial e não pode tolerar o Interferon, você pode esperar, pois há nova luz para os pacientes."
O vírus infecta o fígado e é transmitido através do sangue. O CDC estima que 3,2 milhões de americanos tem hepatite C, que pode causar doença do fígado e mata de 8.000 a 10.000 pessoas por ano em os EUA
Bristol-Myers patrocinou o ensaio clínico. Parte dos dados foi apresentada em outubro de 2010 , no encontro da Associação Americana para o Estudo das Doenças do Fígado, em Boston.
Não se sabe ainda qual a combinação de pílulas que irá produzir os melhores resultados, o que tem levando o mercado a uma enxurrada de ofertas e transações recentes, A gigante Bristol-Myers recentemente concordou em gastar US $ 2,5 bilhões para comprar a Inhibitex Inc., que está desenvolvendo um medicamento oral chamado INX-189 para o tratamento da hepatite.C. A Gilead, com sede em Foster City, Califórnia, maior fabricante mundial de medicamentos contra a Aids, também recentemente pagou 10,8 bilhões dólares pela Pharmasset Inc.
Inhibitex e Pharmasset tem suas "armas nucleares", os inibidores da polimerase de nucleotídeos, que são destinadas a interromper a replicação doo vírus da hepatite C.. Estas drogas podem ser usados em um tratamento combinado e totalmente oral.
Lok disse que o teste final na prova de conceito deve desencadear outros estudos para descobrir quais são as medicações orais que melhor eliminam o vírus do corpo.
Minha opinião
O Interferon, droga temida e detestada, ainda que o grande responsável por salvar tantas vidas, é um remédio odiado e tem os seus dias contados.
A grande notícia que traz esta matéria é o fato de que não respondedores podem se curar e , sem o Interferon.
A matéria ainda frisa que quase todos os não respondedores se curam, quando o Interferon e a Ribavirina é adicionada. E que o tempo de tratamento para isso foi de apenas 24 semanas ( metade das 48 hoje indicadas para o genótipo 1)
Concluindo
O dia do “Interferon-free” chegará. Creio que em torno de 3 a 4 anos.
Quem tem doença em fase inicial, F-O ou F-1 deve esperar para iniciar o tratamento. Não há porque submeter-se a sacrifícios agora.
Humberto Silva
Presid. da A.B.P.H.
O Interferon, droga temida e detestada, ainda que o grande responsável por salvar tantas vidas, é um remédio odiado e tem os seus dias contados.
A grande notícia que traz esta matéria é o fato de que não respondedores podem se curar e , sem o Interferon.
A matéria ainda frisa que quase todos os não respondedores se curam, quando o Interferon e a Ribavirina é adicionada. E que o tempo de tratamento para isso foi de apenas 24 semanas ( metade das 48 hoje indicadas para o genótipo 1)
Concluindo
O dia do “Interferon-free” chegará. Creio que em torno de 3 a 4 anos.
Quem tem doença em fase inicial, F-O ou F-1 deve esperar para iniciar o tratamento. Não há porque submeter-se a sacrifícios agora.
Humberto Silva
Presid. da A.B.P.H.
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